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Diante das inúmeras dificuldades enfrentadas por fiscalização de pesos nas fronteiras com o Uruguai e no território argentino, a diretora executiva da ABTI, Gladys Vinci, participou de uma reunião com a ASINT – Assessoria de Relações Internacionais, e SUFIS – Superintendência de Fiscalização, da Agência Nacional de Transportes Terrestres, para tratar sobre as diferenças nos tratamentos a transportadores brasileiros, entre outros problemas.

O Uruguai emitiu na última semana um comunicado informando que aplicará tolerância zero às operações internacionais. Conforme acordado nas reuniões do Mercosul, a tolerância de peso para cargas internacionais, deve ser aplicada de acordo com o país transitado, sem distinção de nacionalidade.

Na Argentina, a fiscalização está verificando o PBT – Peso Bruto Total, de acordo com a configuração do conjunto. Ainda, cabe reforçar que a tolerância aplicada neste país é de 500kg no PBT.

No Brasil, o tratamento das cargas internacionais sempre esteve baseado na Resolução Contran nº 210/2006, principalmente quando se refere à tolerância e aplicação de penalidades. Desta forma, a ANTT irá buscar junto aos demais países, que seja adotado o mesmo tratamento no exterior, para os transportadores brasileiros. Além disso, foi definido que será convocada à Receita Federal para definição de um procedimento em que sejam respeitados os pesos acordados no Mercosul, entre outras operações.

Diante de algumas retenções ocorridas no exterior referentes ao excesso de peso acordados, a Associação reforça o pedido feito aos transportadores para que comuniquem seus embarcadores sobre a situação, informando da necessidade de respeitar os limites definidos no Mercosul.

Para fins de esclarecimento a ABTI destaca que o transporte rodoviário internacional de cargas é regido pelo ATIT e que a norma vigente sobre pesos e dimensões no Mercosul é a Resolução GMC nº 65/2008. Segundo o art. 7º da Resolução GMC nº65, o limite máximo para o Peso Bruto Total será de 45t, dependendo das características do veículo ou conjunto de veículos. Os limites de pesos permitidos para a circulação de veículos de transporte de carga e de passageiros no âmbito do MERCOSUL, são:

EIXOS QUANTIDADE DE RODAS LIMITE (t)
Simples 2 6
Simples 4 10,5
     
Duplo 4 10
Duplo 6 14
Duplo 8 18
     
Triplo 6 14
Triplo 10 21
Triplo 12 25,5


Entende-se por eixo duplo o conjunto de 2 (dois) eixos, cuja distância entre centro de rodas é igual ou superior a 1,20 m e igual ou inferior a 2,40 m e por eixo triplo o conjunto de 3 (três) eixos, cuja distância entre centro de rodas é igual ou superior a 1,20 m e igual ou inferior a 2,40 m.

Ainda, destaca-se que não há definição especifica de aumento na capacidade de cargas quando o semirreboque possui eixos distanciados.

Por fim, a Associação aproveitou a oportunidade para solicitar providências sobre outros temas que estão afetando o transporte internacional, como por exemplo, os casos de auto de infração por conta das assinaturas no conhecimento de embarque, que segundo a normativa, necessita apresentar as assinaturas do embarcador e do transportador. Diante disso, solicitou que sejam aceitas assinaturas eletrônicas, e somente do transporte, visto que muitas vezes, por conta da logística, o embarcador não está próximo ao local do carregamento, sendo esta uma forma de facilitar o processo.

Uma nova reunião que contará com a presença da RFB, está sendo agendada para definir meios de aplicar o tratamento isonômico previsto no ATIT e o amadurecimento de certas propostas que surgiram nesta reunião. Mas ainda assim, a ASINT irá reforçar o pedido de uma reunião bilateral com Uruguai.

Uruguai, outras assimetrias
Também foi levado ao conhecimento da ANTT e solicitadas providências para os impasses em torno da tramitação da complementação das licenças e modificações de frota, entre outros assuntos.

Principais dificuldades operacionais:
1) Modificações de frota: As modificações de frota dependem do acuse de recebimento do MTOP após envio pela ANTT (oficial), mesmo apresentando o Comunicado por parte do representante, somente é deferido se consta nos arquivos deles.

As baixas ficam vinculadas a três condições:
a. a não existência de multas em nome da empresa (independente do veículo autuado)
b. status vigente da acreditação do representante legal.
c. a transportadora não ficar com menos frota do que a mínima

Não tem como consultar antecipadamente a existência de qualquer empecilho antes de adquirir um veículo.
As modificações de frota ficam em standby caso algum veículo esteja vinculado a alguma outra empresa (esta e as subsequentes)

2) Trânsitos: A partir de uma certa data, foram negadas as ligações BR-UY em trânsito pela Argentina, sendo que na Argentina (que deveria ser o país que poderia requer compensação por transitar por seu território) autoriza sem nenhuma objeção.
Cabe destacar que ainda existem empresas uruguaias habilitadas à ligação Brasil/Argentina em trânsito por Uruguai, com base no Tripartite de 88 e que hoje poderia ser considerado como a justa compensação por transitar por seu território o bilateral BR-AR.

3) Alteração de dados: Qualquer alteração na razão social (mesmo que seja alguma mudança propiciada pela RFB, por conta de seu porte ou enquadramento tributário) requer a emissão de uma nova procuração.

4) Outros: Status de ligações "suspensa" – "vencida" – "cancelada", segundo eles não está definido o procedimento, e por isso, todas qualquer procedimento nestas condições fica em standby, impedindo qualquer outro processamento que dependa de informações ou dados pertencentes a esta transportadora.

Observações:
• Suspensa: quando, por exemplo, não possui a frota própria mínima comprovada junto a ANTT.
• Vencida: surge no SCF quando expira a vigência da licença.
• Cancelada: é possível por ação da COTIM em ato administrativo ou por solicitação da transportadora.

CITV, aplicabilidade da Resolução GMC 15/06
Excluir a clausula impossibilidade técnica ou de força maior, estendendo este prazo para retorno ao país de origem, sem a obrigação de retorno vazio, propiciando assim um tratamento isonômico. Por conta de impossibilidade de certificação de empresas estrangeiras no Brasil, as transportadoras uruguaias não são autuadas se o CITV vencer no território brasileiro.

Pesos e dimensões
Mesmo que a legislação interna preveja tonelagens/eixos distanciados, ainda se encontram dificuldades em casos de semirreboques com eixos distanciados, principalmente no caso vanderleia (1 + 1 + 1), sendo considerado a efeitos de controle no trânsito, menos que as 10.5 toneladas acordados na Resolução.

Seguros
O acordo internacional determinou como obrigatório o seguro de Responsabilidade Civil para o transporte rodoviário em viagem internacional, danos a carga. Entretanto, no Uruguai possui uma cláusula de repetição, diferente do Brasil.
Este fato traz certa insegurança jurídica para a transportadora subcontratada. No Brasil não há como assegurar cargas a não ser que seja o titular do CRT/MIC-DTA. Transportadores brasileiros, porém, estariam correndo um alto risco, por conta da repetição, no entanto as transportadoras uruguaias, quando subcontratadas, não teriam ação regressiva em caso de acidente, por exemplo.

Na semana passada, Gladys Vinci, como diretora executiva da ABTI, concedeu uma entrevista para o programa Tecnovial TV, do Uruguai, especializado no segmento, sobre os problemas enfrentados pelo setor no trânsito bilateral.

Em um contexto geral, foi relatado que o transporte, principalmente no Mercosul, tem sofrido bastante com as restrições sanitárias impostas pela pandemia, "apesar de ser uma atividade essencial, temos encontrados muitos problemas, por todos os países transitados", completou a Diretora.

Quando questionada sobre concorrência entre transportadores nacionais e estrangeiros, Gladys expôs o seu entendimento ao respeito, "a pandemia deixou os setores comerciais dos transportadores um pouco mais distante dos clientes estrangeiros, dando oportunidade para outros mais próximos, atuarem de forma mais presente". Entretanto, não visualiza a operação de transporte sendo boa apenas de um único lado, referindo-se à necessidade do equilíbrio para que a atividade continue possibilitando as mesmas exigências e benefícios para todos os operadores.

A diretora da ABTI ressaltou ainda que as maiores dificuldades são os gargalos nas fronteiras que provocam tempos ociosos, "quando os organismos entenderem que o caminhão precisa estar rodando para que o transporte funcione, e não parados em fronteira, então conseguiremos que o transporte realmente funcione". São muitos os problemas encontrados, e diferente do que pensam, geralmente não é por conta da "Aduana", são os horários e procedimentos dos diferentes órgãos anuentes e intervenientes. "Ainda a situação se agrava quando devemos driblar a carência de servidores públicos, como acontece com as fronteiras do Uruguai. O conjunto de entraves só aumenta os transit-time, e por consequência, aumenta a despesa e diminui a produtividade. Infelizmente, temos um custo logístico altíssimo, e quem paga a conta é o consumidor final".

Para acessar a entrevista na íntegra, clique aqui.

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