Pelo quarto mês consecutivo no ano, os custos de transporte de cargas sofreram um aumento de dois dígitos. Segundo o Índice elaborado pela Federación Argentina de Entidades Empresarias del Autotransporte de Cargas (FADEEAC), novembro fechou com alta de 15,10%, com o qual o setor acumula aumentos de 171% entre janeiro e novembro, e de 182% ano a ano (dezembro de 2022 a novembro de 2023).
O relatório, realizado pelo Departamento de Estudos Econômicos e Custos da FADEEAC, e auditado pela Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade de Buenos Aires (UBA), mede 11 itens que impactam diretamente nos custos das empresas de transporte de cargas em todo o país, e é referência em grande parte para fixação ou reajuste de tarifas no setor.
Novembro marcou o segundo valor mais elevado de 2023, depois do recorde de variação mensal de agosto (20,3%), que foi o aumento mais significativo dos últimos 20 anos, e tornou-se o sexto mês do ano a registar um aumento de dois dígitos (fevereiro, 10,02%; maio, 11,85%; agosto, 20,3%; setembro, 11,1%; e outubro, 10,12%).
No mês passado, 10 dos 11 itens que compõem o Índice de Custos de Transporte (ICT) registaram aumentos significativos (a exceção foram Patentes e taxas).
Pedágios lideraram os aumentos (52,16%), seguidos por Custos Financeiros (24,3%), Lubrificantes (20%), Seguros (16,21%), Pneus (15,25%), Pessoais (14,40%, com o pagamento da segunda parcela do Acordo Coletivo de Trabalho), Material Circulante (12,83%), Reparos (12,49%), Combustíveis (11,69%) e Despesas Gerais (7,55%).
Combustíveis
Num contexto de forte crescimento da nominalidade da inflação que se aprofundou na segunda parte de 2023, os combustíveis - o insumo mais importante nos custos do setor - registaram aumentos tanto no segmento varejista como no atacado de diesel em novembro, após o forte aumento em outubro (15,7 %). É importante referir que os Combustíveis apresentaram aumentos médios mensais de cerca de 5% entre dezembro de 2022 e julho de 2023, no âmbito do programa Preços Justos – que incluía tanto o diesel como a gasolina.
Fonte: Fadeeac