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Terceiro principal destino dos embarques do Rio Grande do Sul, a Argentina segue com quedas intensas e sucessivas nas compras de produtos do Estado mesmo passada a eleição. O país enfrenta mais uma séria crise econômica que foi esticada pelo período de campanha eleitoral. A inflação supera 250% em 12 meses, a pobreza aumentou e as contas públicas são o maior desafio estrutural.

A coluna trará algumas comparações, usando dados solicitados à Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs). No acumulado de 2023, as exportações gaúchas à Argentina somaram US$ 1,1 bilhão. É uma queda de 13,2% sobre o ano anterior. Parece pouco, mas são US$ 167,2 milhões. Na cesta de compras, destaque para automóveis e máquinas agrícolas, que respondem por 27% do faturamento dos embarques.

Foi um ano difícil para quem vende para o país vizinho. O mercado é tão importante que vendedoras e transportadoras mantiveram envios de mercadorias, mesmo sem receber por elas e pelos fretes. O governo argentino queria reter dólares para evitar desvalorização maior do peso.

Até agora, está regularizado apenas o pagamento do que foi enviado a partir de 13 de dezembro, poucos dias após a posse do presidente Javier Milei, informa o 2° Vice-presidente da Associação Brasileira de Transportadores Internacionais (ABTI), Francisco Cardoso. À coluna, o embaixador do Brasil na Argentina, Julio Bitelli, disse que o problema ainda existe, mas o governo argentino quer acabar com as restrições:

— A situação de reservas ainda é precária, o que faz com que a eliminação seja paulatina. Então, não está resolvido.

A eleição ter passado, porém, não foi suficiente para uma reação das exportações em janeiro. Foram embarcados US$ 56,8 milhões. É o menor montante desde junho de 2020, auge do início da pandemia. Sobre janeiro do ano passado, o que desconta efeito sazonal, houve queda forte de 27,1% e foi o menor faturamento de embarques gaúchos à Argentina para o mês desde 2003. Aliás, a Fiergs registra uma média de US$ 81 milhões para exportações em janeiro ao país.

"A participação da argentina na pauta exportadora gaúcha, por exemplo, saiu de 4,4% em janeiro de 2023 para 3,6% em janeiro de 2024", destaca o levantamento produzido para a coluna pela área de economia da entidade. Veículos, máquinas e equipamentos tiveram as maiores quedas.

Economista-chefe da Fiergs, Giovani Baggio acredita em uma melhora no médio prazo porque prevê redução nos déficits elevados do governo:

— Os gastos em excesso eram financiados por emissão de moeda pelo Banco Central, o que alimenta inflação. A tendência é mudar com a nova orientação.

Fonte: Giane Guerra/GZH

Foto: Luis Robayo/AFP

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