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A surpresa foi geral: Javier Milei foi o candidato mais votado no PASO e o quadro de análise da conjuntura econômica e financeira conjuntural foi instantaneamente reconfigurado.

A primeira pergunta foi instantânea: o que acontecerá com o dólar azul depois de fechar a US$ 605 na sexta-feira?

A resposta veio cedo no mercado de criptomoedas, quando a moeda deu um primeiro sinal de $ 665. É um circuito altamente sofisticado, mas os especialistas tomaram nota.

Do exterior, alguns banqueiros opinaram que a alta da semana passada nas ações e títulos poderia ser corrigida e todos apostavam que Sergio Massa daria algum sinal de como lidará com as tensões cambiais desde o início das operações.

Milei, candidato a favor da dolarização total da economia e da abolição do Banco Central, iniciou seu primeiro discurso após a vitória nas eleições internas gritando "viva a liberdade, caramba" e prometendo acabar com o déficit fiscal e o que ele chama de classe política.

Com 21,2% dos votos, a dúvida é qual caminho seguirá Sergio Massa para tentar melhorar suas chances.

Para operadores e analistas de mercado, o candidato-ministro não teria outra opção no curto prazo senão acelerar as medidas acordadas com o Fundo Monetário Internacional para conseguir algum alívio financeiro até ao final do ano.

Na condição de ministro, ele precisa que o Fundo desembolse US$ 7,5 bilhões até o fim do mês para pagar os compromissos com o órgão e, na condição de candidato, teto suficiente para aspirar a alguma estabilidade cambial até dezembro.

O dólar azul de $605 na sexta-feira acumulou alta de 18% em um mês e antecipou que a busca por segurança cambial pode ficar sem resposta após a PASO.

Os dólares livres subindo em meio à incerteza e ao "apagão das importações" mostram que o esquema de repressão cambial e estoques super-reforçados já deu o que poderia dar e agora exige medidas que serão conhecidas no curto prazo.

O Banco Central já começou a acelerar o ritmo de desvalorização no mercado de câmbio oficial.

O dólar no atacado, que há meses vem crescendo abaixo da inflação, começou este mês a uma taxa de 12% e o mercado está comentando que devido ao compromisso de Massa com os técnicos do Fundo pode subir 14%.

Aí o problema é que se a desvalorização for para 12% e a taxa de juros referencial for de 8% ao mês, algo tem que mudar: seria notável a falta de incentivo para liquidar moedas de exportação.

Além disso, as liquidações do dólar-milho de $ 340 (o regime vigora até 31 de agosto) chegaram a US$ 1,973 milhão, praticamente no teto do previsto pelo governo.

Desses quase US$ 2 bilhões de exportações, poucos conseguiram engordar o Banco Central em suas reservas e, nos últimos dias, os resultados deficientes da roda cambial voltaram a acender o sinal vermelho no painel de controle oficial do dólar.

Para alguns especialistas, não bastará mais o governo adiar o pagamento das importações por meio do SIRA (Sistema de Importações da República Argentina) para conter a saída de divisas. Um torniquete maior para as importações estaria no horizonte.

Sobre este ponto, o FMI teria algo a dizer: houve técnicos que pensaram que o adicional de 7,5% sobre as importações seria insuficiente para melhorar a arrecadação de impostos com um sistema de pagamentos muito atrasados.

Em um contexto de incerteza cambiaria como o atual, obter um dólar no atacado de $287 frente a um contado com liquidação de $601 resulta em um prêmio maior para qualquer importador.

Até sexta-feira, Massa tentou estender o sistema de "dar e receber", pelo qual pedia moderação nos aumentos de preços em troca da promessa de receber dólares a preço de atacado ao pagar suas importações, mas uma diferença cambial de 110% com a dos últimos dias colocou esse esquema em tensão máxima.

Sem o desembolso antecipado do FMI e com reservas líquidas negativas da ordem de US$ 10 bilhões, o candidato a ministro teria poucos argumentos para convencer o mercado de que conseguirá cumprir suas promessas.

No Banco Central, de fato e ao longo do fim de semana, a aposta pela calma após o PASO recaiu sobre as supostas mensagens tranquilizadoras sobre a questão do dólar que os candidatos do Juntos pela Mudança poderiam emitir, mas os primeiros dados sobre os votos obtidos por Milei viraram todas as expectativas ao redor.

Estimando que a inflação de julho tenha ficado próxima a 7% (será conhecida na terça-feira, 15 de agosto), que para agosto visa acrescentar dois pontos adicionais ao índice de custo de vida em consequência do "dólar milho" (desvalorização setorial ), o valor adicional de emissão gerado por esse salto cambial e o imposto de importação.

A pesquisa de preços Eco Go detectou alta de 2,8% na categoria de alimentos e bebidas na primeira semana de agosto.

Este salto foi claramente o maior das últimas semanas, muito devido ao aumento das carnes devido ao impacto da alta do milho.

Com base nisso, a consultora de Marina Dal Poggetto projetou um aumento de 8,9% na alimentação, percentual que outros estudos atribuem como possível ao aumento do custo de vida geral.

Dado que a alta do dólar oficial sobe 12% e a inflação aponta para 9%, a taxa de juros em pesos de 8% foi mal colocada antes mesmo de conhecer o resultado da PASO, que reconfigurou o quadro de expectativas da política econômica.

O mercado começa em um estado de surpresa que aumenta a incerteza. Os mercados terão a palavra hoje.

Fonte: Clarín

Imagem: AFP

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Previamente desconhecido no cenário político argentino até 2021, o economista Javier Milei, avançou significativamente na corrida presidencial no país vizinho. Javier lidera as Primárias, Abertas, Simultâneas e Obrigatórias (Paso). Essas primárias servem como um indicador para a disputa presidencial na Argentina. De pensamento liberal, Javier se apresentou como uma nova força política, surpreendeu e se destacou, obtendo mais de 5 milhões de votos. 

Com 97,42% dos votos apurados, Javier Milei tem 30,04% dos votos À frente da coalizão de centro-direita Juntos por el Cambio (28,27%) e da coalizão da esquerda que governa o país Unión por la Pátria (27,27%).

O líder da coalizão Liberdade Avança atraiu uma atenção significativa por parte do eleitorado argentino ao se apresentar como uma alternativa "diferente de tudo que está aí". Com seu lema de ser "contra a casta política", Milei enfatiza que não está alinhado nem com a política peronista nem com a oposição macrista. Esse discurso ressoou entre aqueles que estão exaustos da extensa crise econômica que tem assolado o país e que não foi resolvida durante os governos anteriores de Alberto Fernández e seu antecessor, Mauricio Macri.

À insatisfação popular se juntaram as discordâncias internas dentro das coalizões governista e opositora em relação às candidaturas presidenciais. A chapa peronista União pela Pátria (anteriormente conhecida como Frente de Todos) enfrentou conflitos até os últimos dias para estabelecer um candidato. Enquanto isso, a oposição da coalizão Juntos pela Mudança optou por apresentar dois nomes proeminentes para a disputa, mas não sem antes se envolver em acusações mútuas e disputas, chegando até mesmo a competir pela prefeitura de Buenos Aires.

Mais um outsider

Javier Milei representa a mais recente manifestação dos outsiders que emergiram na cena política nos anos recentes. Com 51 anos, o economista autodenominado anarcocapitalista afirmou sua intenção de desmantelar a elite dominante, reduzir o tamanho do governo e encerrar o banco central argentino. Ele alega que a política monetária inadequada do banco "rouba" dinheiro dos argentinos por meio da inflação.

Destaque no cenário eleitoral atual da Argentina, Milei apresenta propostas de cunho radical. Além de advogar pela dolarização da economia do país, ele propõe o término do ensino gratuito e compulsório, a ser substituído por um sistema de vouchers; a progressiva privatização do sistema de saúde; a desregulamentação do mercado de armas; e o fim da educação sexual obrigatória.

No entanto, uma promessa parece ter gerado um impacto significativo: Milei declarou que, se eleito, ele sortearia seu salário mensal.

— Para mim, isso é dinheiro sujo. Do meu ponto de vista filosófico, o Estado é uma organização criminosa que se financia com impostos retirados das pessoas à força. Estamos devolvendo o dinheiro que a casta política roubou — afirmou.

Desde que Milei assumiu o cargo em dezembro, 2,4 milhões de argentinos se registraram para ter a oportunidade de concorrer em sorteios ao vivo nas redes sociais, visando receber seu salário mensal de US$ 3.200. Com efeitos talvez ainda mais impactantes, o político que anteriormente estava em grande parte desconhecido, e cujas ideias frequentemente divergem do mainstream político local, lidera as primeiras pesquisas para a eleição presidencial do próximo ano, angariando apoio de eleitores de diversas inclinações políticas.

— Milei articula a raiva das pessoas melhor do que ninguém. Sua verbosidade contra a liderança política o ajuda a construir apoio baseado em resultados econômicos fracos na última década — disse Lucas Romero, diretor da empresa de consultoria de Buenos Aires Synopsis.

Segundo Milei, em sua presidência, ele implementaria cortes substanciais nos gastos públicos, permitindo assim uma diminuição nos impostos, e também buscaria fortalecer as relações com os Estados Unidos e outras nações ocidentais, buscando o apoio de aliados que se contrapõem às ideias de esquerda emergentes na região.

— A América Latina só tem uma saída se abraçar ideias de liberdade mais uma vez. Eu cortaria meu próprio braço antes de aumentar os impostos — declarou ao The Washington Post no ano passado.

Milei é possivelmente o integrante mais radical de um conjunto de libertários que conquistaram triunfos nas eleições de meio de mandato em 2021. Essa foi a primeira ocasião em décadas em que a filosofia de governo limitado angariou um apoio substancial, o que se mostrou surpreendente em uma nação há muito tempo dominada por diferentes ramificações do peronismo de tendência esquerdista.

A ascensão de Milei foi impulsionada por um amplo sentimento de pessimismo e apatia. Embora o país tenha firmado um acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para evitar o mais recente de uma série de calotes, a inflação mensal de 6,7% registrada em março sugere que as pressões sobre os preços estão se agravando. Pesquisas indicam que a maioria dos argentinos acredita que a situação econômica estará pior daqui a um ano e antecipa um futuro mais difícil também para suas gerações futuras.

— Hoje, Milei é um repositório das frustrações das pessoas. As expectativas são incrivelmente baixas. Cada líder político que medimos tem uma imagem pública muito ruim, e isso é algo que nunca vi em anos — relatou Mariel Fornoni, diretor da empresa de pesquisas de Buenos Aires Management & Fit.

Infância dura e carreira como jogador de futebol

Milei atuou como goleiro no clube de futebol argentino Chacarita Juniors, porém encerrou sua carreira no início dos anos 1990. Nascido no bairro portenho de Palermo em 22 de outubro de 1970, Milei vivenciou uma infância marcada por controvérsias familiares. Ele reconhece abertamente que suas relações familiares eram tensas, tendo uma conexão sólida somente com sua irmã, Karina Milei. Ele declara que ela é a pessoa que melhor o compreende e descreve-a como a "mentora principal" de seus eventos políticos. Em várias entrevistas, Milei mencionou que, caso seja eleito presidente, ela desempenhará o papel de primeira-dama.

O jornalista Juan Luis González faz parte dos investigadores por trás da biografia não autorizada do economista, intitulada "El Loco". Em conversa com a CNN, ele revelou que a passagem de Javier Milei pelo Colégio Cardenal Copello, em Villa Devoto, foi marcada por episódios de bullying durante grande parte de sua vida.

A partir de 2018, a trajetória ascendente de Milei ganhou destaque nos principais veículos de comunicação argentinos, à medida que ele divulgava seu discurso "liberal libertário", como ele costuma chamá-lo. Suas aparições nos meios de rádio e televisão locais geraram controvérsias, suscitando debates não apenas entre seus colegas economistas, mas também entre jornalistas e apresentadores.

O ponto culminante em sua trajetória política surgiu em 2020, quando anunciou sua candidatura à presidência nas eleições de 2023. Essa decisão pavimentou o caminho para que seu partido, La Libertad Avanza, conquistasse duas cadeiras na Câmara dos Deputados no ano subsequente, com ele e sua candidata à vice-presidência, Victoria Villarruel, assumindo essas posições.

Enquanto a competição nas fileiras dos partidos políticos tradicionais da Argentina permanecia incerta, Milei beneficiava-se de ser o único nome confirmado para as primárias, agendadas para agosto, e já ocupava espaços na televisão e no rádio para disseminar suas ideias sobre governança.

Suas declarações contundentes contra os políticos, juntamente com sua característica distintiva de cabelos desalinhados — que lhe renderam comparações ao ex-primeiro-ministro britânico Boris Johnson — cativaram uma audiência que se sentia representada por sua abordagem mais acessível "ao povo". No entanto, foi seu diploma de economista que conquistou a confiança de parte da população argentina de que ele possuía a capacidade de solucionar a questão da inflação que ultrapassava os 110%. Ainda que seus planos fossem às vezes vagos ou radicais, como a abolição do Banco Central ou a dolarização da economia, em um contexto de saída significativa de dólares.

Escândalo recente

Além das alterações no tabuleiro político de seus oponentes, Milei encontra-se atualmente em meio a um dos maiores escândalos envolvendo seu nome desde seu ingresso na política em 2021. A Justiça Eleitoral argentina lançou uma investigação em resposta a alegações de venda de candidaturas dentro da coalizão Liberdade Avança.

Conforme denunciado por ex-aliados do candidato, sua equipe teria exigido mais de US$ 50 mil dólares em troca da indicação de nomes para concorrer a cargos de prefeito, vereador e governador nas eleições provinciais. Áudios divulgados pelo jornal La Nación, nos quais Milei é mencionado pelo nome, reforçaram essas alegações, resultando na abertura da investigação pela Justiça. Ele refuta as acusações, afirmando ser vítima de difamação.

Ademais, nenhum dos candidatos apoiados por ele conseguiu conquistar cargos nas eleições provinciais até o momento, que têm sido dominadas pelos candidatos apoiados pelo governo. Entretanto, ainda restam eleições importantes em províncias que concentram a maioria do eleitorado, como Buenos Aires e Santa Fé.

Fonte: GZH

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O governo brasileiro, lançou nesta sexta-feira, 11, o terceiro Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A cerimônia que marcou o pontapé inicial do programa ocorreu no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, às 10h.

A iniciativa prevê investimentos em obras de infraestrutura nas 27 unidades da Federação que podem chegar a pelo menos R$ 1,7 trilhão ao longo de quatro anos, sendo R$ 1,3 trilhão até 2026 e mais R$ 300 bilhões após 2026.

O eixo nomeado "Transporte eficiente e sustentável" é um dos que mais receberá investimentos, com R$ 349 bilhões destinados para obras em rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias em todos os estados do Brasil, a fim de reduzir os custos da produção nacional para o mercado interno e elevar a competitividade do Brasil no exterior.

A cifra direcionada às rodovias é a maior de todas, R$ 185,8 bilhões.

De acordo com o governo federal, os investimentos previstos no novo PAC contam com recursos públicos do Orçamento Geral da União (R$ 371 bilhões), do orçamento de empresas estatais (R$ 343 bilhões), de financiamentos (R$ 362 bilhões) e do setor privado (R$ 612 bilhões).

Confira as obras confirmadas que receberão investimentos nos estados de interesse para o transporte rodoviário internacional de cargas. Outros projetos estão inclusos no programa, mas devem passar por estudos antes da efetiva confirmação:

Rio Grande do Sul
Duplicação da BR-116, Porto Alegre-Pelotas;
Construção das alças de acesso à nova Ponte do Guaíba;
Finalização da duplicação da BR-116 no trecho Sul, entre Guaíba e Pelotas;
Duplicação da BR-290, trecho Eldorado do Sul-Pantano Grande;
Restauração da Ponte Uruguaiana/Passo de Los Libres – BR-290/RS.

Santa Catarina
Adequação da BR-470, entre Navegantes e Rio do Sul;
Adequação da BR-280, entre São Francisco do Sul e Jaraguá do Sul;
Adequação da BR-282, entre Florianópolis e São Miguel Do Oeste.

Paraná
Construção do Contorno Leste de Guaíra (BR-163);
Construção da BR-487 (Boiadeira), entre Serra dos Dourados e Cruzeiro do Oeste);
Concessão de seis lotes de rodovias, no novo pedágio do Paraná.

Mato Grosso do Sul
Acesso no lado brasileiro à Ponte da Bioceânica, entre Porto Murtinho, em Mato Grosso do Sul, e Carmelo Peralta, no Paraguai;
Recuperação total da BR-267, no trecho entre o distrito de Alto Caracol e Porto Murtinho;
Implantação de um contorno rodoviário em Três Lagoas;
Conclusão da BR-419, ligando Aquidauana a Rio Verde de Mato Grosso.

São Paulo
Investimentos de concessões existentes em obras paradas ou atrasadas na BR-153 entre São Paulo e Divinópolis, Minas Gerais;
Investimentos de concessões existentes na BR-116 entre São Paulo e Curitiba;
Investimentos de concessões existentes na BR-116 entre São Paulo e Rio de Janeiro.

Em edição extra do Diário Oficial da União desta sexta-feira, foram publicados os Decretos que instituem o Programa de Aceleração do Crescimento - Novo PAC, o Comitê Gestor do Programa de Aceleração do Crescimento e o Grupo Executivo do Programa de Aceleração do Crescimento, além das Comissões Interministerial de Inovações e Aquisições do Programa de Aceleração do Crescimento - CIIA-PAC, e de Qualificação Profissional, Emprego e Inclusão Socioeconômica do Programa de Aceleração do Crescimento. Confira as normativas na íntegra:

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Cep: 97502-360
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